17:08

DESPESAS COM NOVA PROVA DO ENEM SUPERAM R$130 MILHÕES

As despesas com a nova prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já superam R$ 130 milhões. O contrato assinado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e pelo consórcio formado pelo Cespe e pela Cesgranrio apresenta um custo operacional de R$ 99,9 milhões.

A contratação foi feita em caráter emergencial e não teve licitação. Segundo extrato de dispensa de licitação publicado pelo Inep, cabe ao consórcio a responsabilidade de operacionalizar os procedimentos relativos ao Enem 2009.

A contratação do consórcio foi feita após o vazamento da prova do Enem em 1º de outubro. Somados os valores de custo operacional e da impressão da nova prova pela RR Donnelly Moore (R$ 31,9 milhões), os valores já ultrapassam R$ 130 milhões. Além da impressão das provas, a gráfica será responsável pelo manuseio, pela embalagem, rotulagem e entrega dos cadernos de provas do Enem aos Correios.

O contrato anterior tinha um custo total de R$ 116 milhões e o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), responsável pela realização da prova antes do vazamento já havia recebido do MEC cerca de R$ 38 milhões.

11:37

TRF DETERMINA TROCA DE DATA DE ENEM PARA GRUPO DE JUDEUS

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) determinou na tarde de 26 de outubro, que o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) designem nova data de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 22 alunos judeus, ligados ao Centro de Educação Religiosa Judaica de São Paulo.


Segundo informações publicadas no site do TRF, A medida foi representada pelo advogado Rogério Terra. O desembargador federal Mairan Maia é o relator do processo no TRF-3.

O Enem será realizado nos dias 5 e 6 de dezembro - respectivamente, sábado e domingo. A tradição judaica contempla o shabat - quando, aos sábados, os fieis ficam impedidos de realizar determinadas atividades. A decisão do TRF-3, no entanto, só faz menção a este grupo de alunos. Por enquanto, não está prevista medida que abarque toda a comunidade de alunos brasileiros que seguem a religião judaica.

18:01

O PESO DO NOME DA UNIVERSIDADE

Muito se fala sobre o peso do nome da universidade no currículo dos profissionais. Até onde esta história é verdadeira? De fato, o conceito da faculdade perante a sociedade é muito importante, principalmente quando se está entrando no mercado de trabalho.

Para os olhos do mundo corporativo, o aluno de uma boa faculdade já foi aprovado duas vezes: uma quando passou no vestibular e outra quando se formou, já que o grau de exigência nestas instituições costuma ser bem maior.

Em um primeiro momento, o nome da universidade pesa muito, já que o recém-formado não conta com – quase – nenhuma experiência profissional que possa definí-lo como bom ou ruim no mercado de trabalho.

É claro que não é a faculdade que faz o aluno e, sim o contrário. E é por isso que o sucesso do profissional depende muito do empenho que o mesmo teve enquanto estudante. Aqueles que não tiveram oportunidade de estudar em uma universidade renomada devem dedicar-se em dobro para serem levados a sério em uma entrevista, por exemplo.

Tudo isso pesa mais no início da carreira, já que posteriormente o que vai determinar a competência do sujeito é o resultado obtido em suas experiências profissionais, os benefícios gerados às empresas, suas características comportamentais e produtividade. É possível encontrar boas faculdades tanto em universidades públicas quanto privadas. A USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, é considerada uma das 200 melhores universidades do mundo, ocupando o 113º lugar, segundo o Webometrics Ranking of World. Na mesma pesquisa, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ocupa a 213ª posição e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), 330ª.

Afinal, como saber se uma universidade é bem conceituada? É possível encontrar ajuda em revistas e jornais que produzem rankings de qualidade e também no site do MEC (Ministério da Educação e Cultura), que disponibiliza a visualização dos rendimentos acadêmicos das universidades. Você também pode fazer uma pesquisa junto a profissionais da área (de algum curso específico), perguntando-lhes sua opinião. Uma boa opção é também ficar de olho nos meios de comunicação: eles sempre perguntam a opinião de especialistas de universidades renomadas.

Mesmo quando famosas, a escolha da universidade ideal deve ser feita com cautela. Perguntas importantes devem sempre ser feitas antes de se decidir por um curso em determinada faculdade.

Uma avaliação realizada pelo próprio MEC pode lhe ajudar a decidir pelas graduações melhor conceituadas. Todos os anos, a instituição escolhe um grupo de cursos para terem sua qualidade testada. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma prova de conhecimentos específicos da área aplicada para alunos ingressantes e concluintes do curso, para que seja avaliado o conhecimento agregado ao longo da formação superior. Os cursos são classificados com notas de 1 a 5 e para conhecer os campeões do último Enade (2007).

17:35

A ORIGEM DO VESTIBULAR NO BRASIL

Vestibular: exame obrigatório para ingresso nas universidades no Brasil

A palavra vestibular vem do latim vestibulum, que significa entrada. Antigamente usava-se a expressão “exame vestibular” (exame de entrada), com o passar do tempo passou-se a usar apenas “vestibular” para designar esse tipo de prova.

Até o início do século XX, as universidades brasileiras eram ocupadas por estudantes de colégios tradicionais como o Dom Pedro II no Rio de Janeiro. Com o aumento da procura, que ultrapassou o número de vagas disponíveis, o então Ministro da Justiça e dos Negócios, Rivadávia da Cunha Corrêa, instituiu o vestibular no Brasil, em 1911.


As provas eram escritas e orais, continham questões de língua portuguesa, língua estrangeira, ciências (matemática, física e química) e conteúdo do primeiro ano de faculdade, onde os alunos recorriam a aulas especiais para estudar as matérias específicas, daí o surgimento dos cursinhos.


Nos anos 60 as provas das universidades federais eram realizadas todas no mesmo dia, o que impossibilitava o aluno de concorrer a mais de uma vaga em universidades do país, a não ser pelo vestibular unificado (um mesmo vestibular para várias instituições), que também surgiu nessa época.


Em 1970, foi criada a Comissão Nacional do Vestibular Unificado para regulamentar a seleção, os vestibulares passaram a ter datas distintas e o conteúdo da prova foi restrito a matérias do ensino médio.


A Fuvest foi criada em 1976, unificando os vestibulares da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essa unificação durou pouco tempo, em 1983 a Unesp se desvinculou e em 1985 a Unicamp fez o mesmo. Ainda assim, até hoje, a Fuvest continua sendo o maior vestibular do Brasil.

Por: Simone Basti Alves

15:58

BALADA x VESTIBULAR: ESSA MISTURA É POSSÍVEL?

O vestibular deve ser prioridade, mas não exclusividade na sua vida. Veja como é possível conciliar estudo e lazer.



Todo mundo ouve no 3º ano que este será o ano do sacrifício. O ano em que você terá que renunciar a tudo o que mais gosta para cair de cara nos livros. Mas será que é assim mesmo? Será que é preciso abrir mão de tudo o que é bom para passar no vestibular? Para muitos, sim, para outros, não.


Para a psicanalista Suely Marques, os estudantes devem manter o foco, mas adverte que eles não podem se privar das atividades de lazer. Muitos são os estudantes que viram pacientes em clínicas de psicologia por não saberem lidar com o stress e a pressão que atormentam os vestibulandos. É pressão de pai, de mãe, de escola e, muitas vezes, até deles mesmos. O vestibular é importante, sim, mas como todas as outras coisas na vida, deve-se evitar o exagero.


O que fazer, então?
O ideal é manter o ritmo, estudar um pouco todos os dias, não deixar tudo para a última hora e revisar ao longo do ano todo. Assim fez Izabela Viegas, 27, estudante de Direito da Universidade de Coimbra, em Portugal. Ela, que prestou o vestibular das três maiores faculdades de Minas Gerais, foi aprovada em todas, fez um pouco do curso no Brasil e agora vai terminar a graduação em um dos mais conceituados cursos de Direito do mundo. Izabela afirma que tinha uma rotina diária de estudos de aproximadamente 5 horas, no entanto, reservava o sábado e o domingo para descansar. “Era como se fosse um trabalho: estudava de segunda a sexta e me distraía aos fins de semana”.


Outra estudante que não se “sacrificou” durante o ano do vestibular foi Letícia Cristovam, 22. Ela garante que não se privava de festas durante o último ano do ensino médio, mas evitava aquelas que aconteciam na sexta, porque tinha aula no dia seguinte. Assim como Izabela, Letícia não estudava nos fins de semana, “sem chance”, e reservava esse período para embarcar até às 4h da manhã na curtição. “O segredo foi não exceder em nada, nem estudava demais e nem farreava demais.” Para quem imagina que essa mistura não foi boa, engana-se: ela foi aprovada nas duas universidades públicas de Goiás e hoje faz Engenharia Civil, na UEG.

É muito importante que o estudante conheça os seus limites. Não é bom ficar até muito tarde estudando ou farreando e dormir pouco, porque o corpo precisa recuperar as energias para conseguir apreender todo o conteúdo. Pedro Balby, 21, foi adepto do descanso durante o seu ano vestibular. Ele, que estudava no período da manhã, reservava três horas da tarde para tirar um cochilo e só depois disso é que estudava um pouco. “Só estudava mesmo quando tinha prova no dia seguinte e aí ficava quatro, cinco horas em cima dos livros”.

Pedro conta ainda que não dispensava um “futebol” e saía regularmente para bares, festas e boates. “Nada em excesso, saía pra me distrair, não pra acabar com a minha disposição”. Hoje Pedro está no último ano da faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás. Parece que o segredo é esse mesmo: não exceder. Ir à festas não significa que você tenha que se embebedar e ficar até o amanhecer, mas sim se divertir, conversar, dançar e relaxar. A intenção é que você não esteja um caco no dia seguinte, porque a vida continua e é preciso estar bem disposto para aproveitar o tempo que você tem para se preparar.



Bicho de sete cabeças
Não, o vestibular não é um bicho-papão, nem um bicho de sete cabeças. É uma época de muito preparo e de consciência que uma única vaga é disputadíssima. Isso não significa, porém, que você deva passar a respirar, comer e beber “vestibular”.

Uma dica muito importante: organize os seus horários. Faça um quadro e mantenha-o num lugar bem visível para você. O esquema deve ser montado de forma que divida o seu tempo em “tempo para estudar” e “tempo para relaxar”. Como já mostramos na matéria Dicas para o ano de Vestibular, o ideal é que o estudante não exceda o tempo de 4 horas diárias em cima dos livros, por isso, fizemos um quadro modelo para você se inspirar e adequar ao seu jeito de ser.

Agora aprenda como fazer a sua tabela! O período da manhã é reservado para o colégio, menos o Domingo, e já que não há necessidade de acordar cedo o melhor é aproveitar o tempo para descansar (inclusive das baladas do sábado). Importante do domingo: não se exceder no descanso também: quanto mais você dorme, mais o seu corpo pede por descanso – o ideal é não ficar até muito tarde na cama. Depois que a gente chega do colégio, tudo o que se quer é comer e tirar um cochilo. Isto não é proibido, muito pelo contrário: é muito saudável. Depois que você come, o seu corpo concentra o sangue e as energias para digerir o almoço, ou seja, sua força está no seu estômago. Nem adianta ficar forçando o cérebro, não vai sair nada, portanto, o melhor é comer e dar um tempo. Duas horas são suficientes, nada de pegar o resto da tarde pra dormir!


Depois de descansar, o jeito é pegar no batente: 4 horas de estudo, que você deve concentrar em alguma área, por exemplo: tente ver o conteúdo de matemática, física e química num dia só, porque assim o seu cérebro vai estar mais concentrado em matérias de exatas, facilitando a compreensão e memorização do conteúdo. No sábado o esquema é livre: você pode fazer o mesmo da semana ou se ocupar com outras atividades. A dica é aproveitar esse tempo para ler os livros literários cobrados no vestibular ou revistas e jornais para ficar por dentro do que anda acontecendo no mundo (o tema cobrado nas redações geralmente é de atualidade).


No final da tarde o tempo fica livre para estudar alguma língua estrangeira (que aqui exemplificamos como Inglês) ou praticar algum esporte. A atividade esportiva é importante para arejar a mente, exercitar o corpo e descarregar energias. Nessa época o stress é grande e é preciso fazer com que ele seja dissipado de alguma maneira e o esporte é o mais indicado para este fim.


No fim do dia, DORMIR! É, dormir! Nada de ficar até tarde pra ver um filme ou se empolgar com a novela. O seu corpo precisa de um descanso contínuo de 8 horas por dia para estar capacitado a aprender no dia seguinte. No sábado você está liberado do horário fechado de 22h, porque no domingo não é preciso acordar cedo. No entanto, no domingo é importante lembrar que segunda é dia de índio! Tem que acordar cedo outra vez e aí: dá-lhe estudante às 22h na cama!

A recompensa
Se você acha que ter sua vaguinha garantida na universidade é a única vantagem, então está completamente enganado. Além de poder estudar um assunto que você realmente escolheu e gosta, o lance é se preparar para as muitas festas que virão. A galera da faculdade é muito animada e sem as preocupações e pressões do pré-vestibular.


Na faculdade, Letícia se espantou com a quantidade de convites para diversão: “as festas aumentaram muito, inclusive durante a semana”. Da mesma maneira aconteceu com Pedro, que hoje participa de vários churrascos, do “futebolzinho” e das festas que o pessoal organiza. “Tem muita curtição, o pessoal é muito animado e a gente se reúne sempre que possível”.


Já Izabela, que mora sozinha em Portugal, afirma que as festas são muitas, mas as responsabilidades também. “As festas aumentaram, mas aqui a gente tem que estudar muito e a responsabilidade cresce. Ao mesmo tempo em que a liberdade aumenta, percebemos que temos que selecionar as baladas, porque temos que começar a estudar uns 6 meses antes das provas…”. O tempo que ela necessita para estudar é proporcional à dificuldade dos exames na Universidade de Coimbra, que ela afirma nem ser possível comparar com os exames das universidades brasileiras. E brinca: “Cada prova para passar é como se fosse uma Fuvest!”.

15:44

ABANDONANDO O LAR: O DESAFIO DE IR ESTUDAR LONGE DE CASA

VIDA NOVA!!!

Imagine ter que acordar cedo sozinho, pegar ônibus, almoçar em restaurantes, dividir a casa com um monte de gente diferente, ter que cuidar da limpeza do local e ainda cuidar para que as contas não se atrasem... Agora imagine fazer isso tudo todos os dias e ainda em outra cidade, longe dos seus pais e familiares. Essa é a opção de vida que muitos estudantes fazem quando resolvem se preparar para o vestibular ou fazer uma faculdade longe de casa, em outra cidade. Geralmente, esses jovens migram do interior para as capitais, atrás de melhores escolas e universidades.

Mas é claro que nem sempre as coisas acontecem como narrado acima. Existem diferentes tipos de habitações para calouros de fora, como os alojamentos oferecidos por universidades para os estudantes que passam em seus vestibulares e não têm onde morar, as repúblicas (pequenas pensões onde estudantes dividem apartamentos) e, para quem tiver mais condições, apartamentos ou casas alugadas. Na maioria das vezes, os estudantes da mesma cidade dividem apartamentos por já se conhecerem, mas, pode acontecer de você só conseguir dividir moradia com pessoas desconhecidas.


A decisão

Esse não foi o caso da recém formada jornalista Camila Ligeiro, de 23 anos. Camila vive há 7 anos em Goiânia, cidade onde cursou o 3º ano do ensino médio, cursinhos e onde fez a faculdade de Jornalismo, na Universidade Federal de Goiás. Os pais da jovem vivem em Barra do Garças, Mato Grosso, de onde ela saiu aos 17 anos com um irmão mais novo para viverem sozinhos em um apartamento comprado pelo pai. Ela conta como foi a decisão de morar fora: “Não foi fácil, é claro! É muito difícil escolher ficar longe da família e dos amigos. Mas precisei sair de casa para encarar um ritmo mais puxado de estudo e me preparar bem para o vestibular”. E mais, Camila passou no vestibular em duas instituições públicas (em Goiás e Mato Grosso), mas preferiu continuar em Goiânia onde, segundo ela, “posso procurar melhores empregos e também os melhores cursos, já que não pretendo parar de estudar tão cedo”.

Caminho inverso fizeram os jovens José Ângelo Campolina, de 21 anos, e Eduardo Moreira, de 22. Os dois partiram de Goiânia para estudar na Universidade Federal de Santa Catarina, a UFSC, onde cursam, respectivamente, Direito e Engenharia Elétrica. Muitos irão identificar-se com a história de José Ângelo que, como filho único, transformou radicalmente sua vida mudando-se para Florianópolis. Ele conta que foi difícil para os pais aceitarem sua decisão no início, mas eles acabaram percebendo que seria melhor para o futuro profissional do filho.

Amadurecimento

Morar sozinho longe dos pais tem suas vantagens e desvantagens. Uma das vantagens é a oportunidade de fazer um curso superior que não seja oferecido em sua cidade ou estudar em um colégio melhor. Além disso, você poderá conhecer novos ambientes e fazer novas amizades. Esse mundo totalmente novo o ajudará a desenvolver uma maior autonomia. Lidar com as pequenas peculiaridades do dia-a-dia (pagar contas, cuidar da limpeza e preocupar-se com a comida) o ajudará a amadurecer. Isso foi fácil para Camila Ligeiro, já que, primogênita de 6 irmãos, ela desde cedo ajudou a mãe nos afazeres domésticos e acabou adquirindo cedo sua maturidade.

José também considera que amadureceu bastante desde que assumiu sozinho um apartamento e as rédeas de sua vida: “Tornei-me uma pessoa mais calma, paciente, centrada, passei a perceber que eu não vivia numa bolha e que o mundo não girava ao meu redor (impressão que eu tinha quando morava com meus pais). Aprendi também a me virar sozinho, a conviver com as adversidades e diversidades (esta última com relação às pessoas) e descobri que liberdade deve vir sempre acompanhada de responsabilidade para que se tenha sucesso em qualquer coisa que você fizer na vida”.

Morar sozinho dá trabalho

Outro aspecto ruim é que viver sozinho dá muito trabalho. De uma hora para a outra você se torna o responsável por deveres que nunca tomou idéia de como se faz (por exemplo, quanto tempo dura um botijão de gás ou quais produtos de limpeza deve comprar para lavar as louças ou o banheiro). “No começo era meio chato, mas hoje em dia já estou acostumado”, declara Eduardo. É claro que, com o tempo e a rotina, a tendência é acabar assumindo essas tarefas com naturalidade, o que acaba logo se tornando banal. E, como considera José Ângelo, “a necessidade é a melhor das professoras, logo aprendi a me virar sozinho e tiro isso de letra”.

Já Camila encarou com naturalidade esse detalhe da nova vida: “Nunca aprendi a cozinhar, mas me viro bem no resto. Essas atividades são parte da independência que tenho e me fazem muito bem. Sinto-me mais dona da minha própria vida tendo esses pequenos afazeres”, completa ela.

Muitas vezes, essa mudança acaba apontando outros rumos para a vida do jovem. José Ângelo, por exemplo, não pretende voltar para Goiânia ou para São Luís do Maranhão, onde nasceu. E Eduardo diz que seu futuro depois de formado depende das oportunidades de trabalho. Ainda mais que voltar para a casa dos pais depois de adquirir certa independência torna-se complicado. “Depois de morar fora, você já não aceita com tanta facilidade intromissões nas suas coisas, quer resolver tudo sozinho”, diz Eduardo.

Família e Amigos

Uma desvantagem dessa mudança radical é a perda do convívio com a família e os amigos. Se não for de fazer amizade fácil, o jovem pode se sentir muito sozinho e não se adaptar à nova vida. “Fiz poucos amigos quando vim morar em Goiânia. As amizades mesmo só vieram depois de entrar na faculdade e mesmo assim, bem aos poucos, na medida em que íamos nos conhecendo melhor. Para mim foi a parte mais difícil de toda essa experiência, porque durante muito tempo eu me senti um pouco só, perdida numa cidade desconhecida”, conta Camila.

Já os dois jovens que se mudaram para Santa Catarina passaram por esse problema sem grandes dificuldades. Tanto Eduardo quanto José Ângelo fizeram amizades logo na nova cidade. “Logo no começo fiz poucas, mas boas amizades. Com o passar do tempo fui ampliando meu círculo de amizades em Florianópolis”, disse José.

Para quem tem namorado (a) na cidade natal a partida fica ainda mais difícil. Ou o namoro fica firme e forte com a distância ou acaba, como foi o caso da Camila que namorou à distância durante 4 anos. ”Nunca foi muito fácil, mas havia cooperação. Nos víamos sempre que dava e isso funcionou por um bom tempo. Mas, fomos ficando cada vez mais distantes em nossas pretensões e tomando rumos diferentes em nossas vidas e isso sim nos afastou”. É nessas horas que você tem de fazer uma escolha consciente (afinal é o seu futuro que está em jogo). E, se serve de consolo, Camila até arrumou namorado em Goiânia, com quem está há 3 anos e muito feliz.

Eduardo passou por situação semelhante. Depois de ir pra Florianópolis conheceu uma garota e engatou um “NAD”, ou seja, namoro à distância. “No começo era tudo uma maravilha, mas depois ficou insustentável. Terminamos”, disse Eduardo. Mas, muita calma nessa hora. Afinal, isso não é uma regra e todos sabem que um relacionamento pode dar certo ou errado estando perto ou longe.

Dicas
Calma, não comece a arrumar as malas nem desista da idéia de deixar sua cidade antes de ler algumas dicas:

- Procure refletir um pouco sobre você e seus modos antes de procurar uma república ou alguém pra dividir um apartamento, como: “Tenho mania de limpeza?”, “Gosto de dormir cedo ou acordar tarde?”, “Sou bagunceiro?”, “Que tipo de moradia mais combina com meu estilo de vida?”, “Como era na casa dos pais, dividia quarto ou tinha um quarto só meu?”.

- Não fique eufórico com a idéia de ficar livre dos pais (poder sair e chegar na hora que quiser sem dar satisfação), lembre-se que liberdade e responsabilidade têm que andar juntas (como disse o experiente José Ângelo). Se não cuidar de você mesmo e de seu futuro, pode jogar fora suas oportunidades;

- Converse com alguém que vive ou tenha vivido experiência semelhante e pergunte tudo que você não saiba, tire todas as dúvidas;

- Procure conhecer bem a cidade para onde deseja se mudar (sua história, localização exata, costumes, ruas e avenidas e, é claro, as linhas de ônibus).

Sem arrependimento

Finalmente, antes de fazer a escolha entre ficar em sua cidade e estudar fora, pese as vantagens e desvantagens das duas opções e faça a escolha que considera correta para você (não para os pais ou o (a) namorado (a)). Morar fora, ganhar independência o ajudará a amadurecer e adquirir responsabilidade. E ficar na casa dos pais lhe dará segurança e estabilidade. Então, faça a sua escolha e não pense em se arrepender ou não. Pense que de alguma forma você ganhará experiência e conhecerá novos rumos. “Nunca me arrependi de sair de casa, pelo contrário. Acho que abri um caminho em toda família, porque agora meus irmãos sabem que têm outras opções e podem também querer buscar novos horizontes e parar de depender tanto dos nossos pais”, conclui Camila Ligeiro.

Eduardo é categórico ao dizer que “faria tudo de novo” e o ambicioso José Ângelo pretende alçar vôos ainda maiores: “Espero poder continuar crescendo cada vez mais e aprendendo coisas novas”.

Por:Camila Mitye


15:10

PROFISSÕES DO FUTURO I

A incerteza na hora de escolher um curso para prestar vestibular é grande e, na dúvida, o melhor é optar pelos cursos tradicionais, como medicina ou direito, certo? Errado. Fazer uma escolha antes de estar preparado para ela é, no mínimo, uma perda de tempo e dinheiro. Estudar em uma faculdade que não tem nada a ver com você traz decepção e mais incertezas.

O mercado está expandindo as suas áreas e o ideal é ficar de olho e ver se dá pra unir prazer e dinheiro, trocando em miúdos: se o seu curso tem a sua cara e se ele está cotado como um curso rentável do futuro. Novos cursos surgem todos os dias com o propósito de atender demandas do mercado de trabalho por profissionais especializados ou pelo desmembramento de habilitações tradicionais. Algumas novas graduações podem representar boas oportunidades de trabalho.

Dê uma olhada em cada um deles e veja se algum te chama a atenção e mereça a sua aplicação e esforço durante 4 ou 5 anos.


•ARTIGOS DE PROFISSÕES DO FUTURO


MIDIALOGIA: O profissional do audiovisual.

O curso de midialogia é uma das habilitações em comunicação social e nasceu para aprofundar conhecimentos em uma área que é estudada superficialmente nas graduações de Rádio e TV, Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O curso, que foi criado em 2004, já tem a terceira posição no ranking dos mais concorridos da Unicamp: 39 por vaga.

A mídia tem dois significados: pode ser conteúdo ou veículo de comunicação. O midiálogo aplica os dois conceitos usando a linguagem como método de transmissão de informação, levando em consideração os processos de significado e significação, estudados em semiologia.

O profissional desta área é capaz de interligar os diferentes tipos de mídia (áudio, vídeo, fotografia...) e produzir um material que considere a sociedade em que está inserido, seus códigos, linguagens, histórias, teorias e condições técnicas. O mercado necessita desta carreira porque está em fase de crescimento, principalmente o cinema nacional, além das novas emissoras de rádio e tv. O trabalho produzido pelo profissional de midialogia é de alta qualidade e particularidade, podendo atuar em diversos segmentos de produtos audiovisuais como:

- Vídeo;- Cinema;- Rádio;- Fotografia;- Multimídia;- Web;- Computação gráfica;- Hipermídias e- Produção, recepção e crítica destes produtos,Além de poder entrar na área de docência ou pesquisa.

As principais matérias do currículo são teorias da comunicação, teoria do cinema, mídia e ciências humanas, educação e mídia, antropologia da imagem, teorias do signo, tecnologias da informação, fotografia e movimento, edição de produtos audiovisuais, computação gráfica e multimídia.



QUIROPRAXIA: O tratamento manual das dores no corpo.

Nos dias de hoje, toda técnica que ofereça um tratamento alternativo aos medicamentos ou intervenções cirúrgicas é bem vista por não ser invasiva. O curso de Quiropraxia ensina a utilizar as técnicas de terapia manual, exercícios e orientação de postura, procurando diminuir a dor e a tensão provocadas por lesões ou pelo desgaste no dia-a-dia. A profissão é a 3ª carreira mais procurada na área de saúde nos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, o campo ainda está em crescimento, mas já tem um bom número de vagas, devido à demanda e à falta de profissionais capacitados para exercer essa prática que tem eficácia comprovada cientificamente.

Apesar de novo em nosso país, a Quiropraxia já existe desde 1895 nos Estados Unidos, hoje conta com 50.000 dos 70.000 profissionais da área. No Brasil o curso só foi criado em 1998 e, desde então, é representado pela Associação Brasileira de Quiropraxia, reconhecida pela Federação Mundial de Quiropraxia.

O quiropraxista pode:

- Orientar, prevenir e tratar as disfunções do sistema neuro-músculo-esquelético, dando ênfase na coluna vertebral; - Cuidar da saúde e do bem-estar dos indivíduos; - Realizar exames clínicos; - Atuar em consultórios e clínicas médicas; - Trabalhar conjuntamente com demais profissionais da área da saúde e - Tratar doenças sem o uso de medicamentos ou cirurgias.

As principais disciplinas cursadas na faculdade são as relacionadas à morfologia humana, à biomecânica do movimento e à saúde coletiva, além de matérias práticas e estágio. O curso de quiropraxia é feito em 5 anos e apenas duas universidades no País estão aptas a ministrá-lo: O Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo, RS e a Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo, SP, onde a mensalidade tem o valor de R$ 1172.



•AGROECOLOGIA: A corrida para amenizar os impactos ambientais causados pelas atividades rurais.

Orientar as atividades rurais para que não prejudiquem o equilíbrio do meio ambiente nunca foi tarefa fácil. E diante da crescente preocupação com os impactos provocados pelo homem no espaço natural, encontrar saídas para reduzir ao máximo os efeitos negativos da agricultura é mais que necessidade. É urgência.

Uma nova área de ensino, ainda tímida, pode ser uma saída para suavizar os choques causados pela relação desarmônica entre agricultor e ecossistemas: a Agroecologia. A proposta curricular do curso caminha lado a lado com os parâmetros de desenvolvimento sustentável, formando um profissional capaz de encontrar melhores e viáveis soluções para aperfeiçoar o relacionamento do agricultor com a terra.

E não é só isso. O profissional também estará capacitado para trabalhar em empresas e entidades ligadas ao planejamento de atividades ligadas à produção agrícola. Como o Brasil é um território de extensões continentais, o ensino da Agroecologia pode se tornar direcionado a cada realidade regional. A Universidade Estadual do Amazonas, por exemplo, busca a formação de profissionais voltados para a inovação tecnológica, com o objetivo de desenvolver de forma sustentável as comunidades rurais da região.

No Brasil, a Agroecologia é oferecida nas formas de bacharelado e Curso Tecnológico. No geral o egresso da universidade poderá:

-analisar características econômicas, sociais e ambientais dos diversos segmentos do agronegócio;- planejar, organizar e monitorar a exploração dos solos utilizados;- implantar e gerenciar sistemas de controle de qualidade da profissão.

Tanto o bacharel quanto o tecnólogo terá noções básicas de Química, Biologia e Física, além de disciplinas mais específicas como Extensão Rural e Sistemas de Produção Sustentáveis.



•GERONTOLOGIA: Promoção da qualidade de vida na 3ª idade.

Antes de conhecer as atividades deste profissional do futuro é preciso entender a diferença entre Gerontologia e Geriatria. Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento do ser humano e as formas de promover uma melhor qualidade de vida. Geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças típicas das pessoas idosas.

As pessoas com mais de 60 anos de idade atualmente constituem 10% da população brasileira, com tendência a aumentar gradativamente, pois a expectativa de vida desta parte da sociedade vem melhorando todos os anos. O objetivo desse curso é formar profissionais que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida dos idosos nos aspectos emocional, físico e social.

Os gerontólogos podem criar e implementar projetos que promovam o bem-estar da população idosa, trabalhando em órgãos públicos na área de assistência social. Este profissional está apto a assistir pessoas de 3ª idade, atuando contra o preconceito e estimulando-as a desenvolver atividades que lhes causem prazer e inserção social.

Grupos específicos como moradores de rua, idosos abandonados pelas famílias, imigrantes e portadores de necessidades especiais podem ser o foco do trabalho do gerontólogo. Hospitais, clínicas especializadas, ambulatórios, centros de saúde e convivência, organizações não-governamentais e casas de família são alguns dos locais onde sua assistência é mais requisitada.

Esse profissional também pode lecionar em cursos específicos de tratamento e cuidado de idosos. As regiões Sul e Sudeste são as que concentram a maior população de pessoas com mais de 60 anos de idade.

O curso de Gerontologia ainda é muito novo e forma sua primeira turma ainda no final de 2008 pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente a expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, segundo o IBGE. Este é um fato que vai abrir ainda mais as portas para este mercado de trabalho. A previsão de salário inicial é de R$ 1.500.

Na faculdade, os estudantes verão matérias como psicologia, epidemiologia, bioestatística, biologia do envelhecimento, alimentação e nutrição, ciclo da vida, sociedade, meio ambiente e cidadania, aspectos sócio-culturais do envelhecimento, processos patológicos no envelhecimento, odontogerontologia e lazer ao envelhecer.



•UM BELO EXEMPLO: Entrevista com Cynthia Pimenta, craque em ganhar dinheiro com o surf.

O surf envolve mais de 140 mil brasileiros atualmente e é o 2º esporte preferido dos jovens do sexo masculino. Mas, nem por isso as meninas deixam de praticá-lo: o número de mulheres surfistas cresce a cada ano. Um exemplo disso é a aluna do curso de Gestão de Negócios em Surf da Estácio, Cynthia Pimenta, de 25 anos. Ela nasceu no interior paulista e há quatro anos e meio se apaixonou pelo surf.

Quando começou a trabalhar na área administrativa e de marketing de uma escola de surf surgiu a idéia de juntar o útil ao agradável. Matriculou-se no curso da Estácio e pretende trabalhar com Administração e marketing esportivo. “Acredito que o curso trabalhe exatamente com isso: mostra as áreas profissionais que o surf oferece, qualificando-as e incentivando a formação de grandes negócios”, diz a surfista, que está no 3º período e gosta de todas as matérias.

Os pais de Cynthia acharam inovadora a idéia da filha de seguir por uma área tão inusitada. A jovem justifica a escolha dizendo que “a cidade o Rio de Janeiro tem uma concentração grande de consumidores do surf, o que a torna um mercado a ser mais bem explorado e investido de forma que tenha um crescimento contínuo”.

Cynthia não tem medo da concorrência e nem do disputado mercado de trabalho: “há muito espaço no mercado só basta ser inteligente e saber onde aplicar suas fichas”.



•CIÊNCIAS ATUARIAS:O cálculo dos grandes investimentos.

De acordo com o artigo 1º do Decreto 66.048, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de atuário, este profissional é o “técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas”.

Desde 2005, o número de cursos no Brasil passou de 5 para 13, o que já dá pra notar que o mercado está necessitando cada vez mais desta carreira. No setor privado as melhores opções estão entre as companhias de seguros, entidades abertas de previdência complementar, operadoras de planos de saúde e empresas de capitalização. Algumas companhias nacionais e multinacionais contratam o atuário como consultor em gestões de risco financeiro. As melhores oportunidades estão em São Paulo e Rio de Janeiro, mas com o alto crescimento de seguradoras em Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba e Fortaleza, o mercado está apto a receber um grande contingente de egressos deste curso.

Quando formado o atuário poderá:

- Fiscalizar a situação financeira de seguradoras e empresas de previdência;- Calcular o valor de parcelas e prêmios de seguros, planos de saúde e previdência complementar;- Definir cláusulas de apólices;- Controlar e programar reservas financeiras de empresas de seguro e- Atuar em entidades financeiras, entidades de previdência privada, companhias de capitalização, sistemas oficiais de previdência e seguro e outras empresas do mercado financeiro.

O curso é perfeito para quem gosta de números e contas, muitas contas. As principais disciplinas do curso, que tem duração média de 4 anos, são cálculo probabilístico, matemática financeira, teoria do seguro privado, teoria do seguro social, estatística, contabilidade, administração, economia, processamento de dados e cálculo numérico.


•ENGENHARIA DE ENERGIA: O desenvolvimento de sistemas eficazes de geração de energia.

O momento de ascensão pelo qual passa a economia brasileira traz como conseqüência o crescimento de novas tecnologias de produção de energia, como é o caso dos investimentos do governo na área de biocombustíveis. Sem contar, é claro, com a caça incessante por novas reservas de petróleo no país. Isso levando em conta ainda as implicações diretas deste processo para o aumento da devastação ambiental.

Todos esses fatores foram fundamentais para a criação de um novo ramo de ensino responsável por formar profissionais habilitados para desenvolver sistemas eficazes de geração de energia, que aliam crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Trata-se da Engenharia de Energia, graduação ainda recente no país, mas com grandes perspectivas de crescimento.

O egresso deste curso estará preparado para lidar com todas as formas de energias, sejam elas renováveis, como a hídrica, eólica e a solar, ou não renováveis, no caso do petróleo, carvão e material radiativo. O engenheiro de energia planeja todas as etapas de utilização da energia, desde o desenvolvimento do melhor sistema até a distribuição.

O profissional pode atuar na administração pública, avaliando as necessidades da região com o intuito de encontrar soluções econômica e socialmente viáveis, criadas de forma sustentável para diminuir ao máximo as agressões ao meio ambiente. Cabe também ao engenheiro de Energia coordenar programas de contenção e uso racional das fontes energéticas.

O setor industrial é o que mais oferece oportunidades de trabalho para esses novos engenheiros. Por isso, os estados com economias baseadas no segundo setor são os mais fortes do ramo, como é o caso da Região Sudeste. Os grandes investimentos em usinas de biodiesel no país também são campos fortes de atuação.

Curso

Na faculdade, o estudante terá contato com as disciplinas básicas da Engenharia, como Matemática, Física, Informática e Economia. Na parte específica, o curso aborda as áreas como eletricidade, combustíveis, potenciais hidráulicos, energia solar, térmica, nuclear e eólica. Os alunos estudam também a legislação e as normas que regulam o setor.



•COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL: Um dos caminhos para o sucesso de um negócio.

Nunca se falou tanto em comunicação no ambiente empresarial como agora. Manter uma boa relação com a mídia já não está mais em segundo plano. Nas constantes mudanças que estão ocorrendo deste o final do século passado, o chamado “quarto poder” é o principal formador de opinião e ferramenta fundamental para a manutenção da boa imagem de qualquer negócio.

O estudo das assessorias de comunicação é recente e faz parte da grade curricular dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas. Os interessados por essas áreas têm agora uma opção mais especializada de formação superior: trata-se da Tecnologia em Comunicação Empresarial, graduação que pode ser considerada uma especialização em assessoria institucional.

Ao final dos dois anos de curso, o profissional estará por dentro das principais técnicas de divulgação da boa imagem da empresa para a sociedade. Para isso, desenvolverá ações para transformar um pequeno acontecimento da empresa em notícia de jornal. E quando isso acontece, seu objetivo principal é alcançado.

A comunicação entre os funcionários e com os setores diretamente ligados aos serviços prestados pelo negócio também faz parte das ações dessas assessorias. E todos os mecanismos criados para manter o bom relacionamento entre chefia e escalões da empresa e clientes são essenciais para manter a boa competitividade no mercado e fidelização. E tudo isso pode ser conseguido utilizando desde as mais simples até as mais sofisticadas ferramentas de comunicação, como jornais-murais e intranet.

E com a percepção da importância das assessorias de comunicação, o mercado de trabalho está em ascensão. Desde os mais simples negócios até as grandes multinacionais necessitam de serviços como este para divulgar de forma direta e eficaz o trabalho realizado. Assessores de comunicação podem atuar ainda no setor público.

O curso

Disciplinas multidisciplinares fazem parte do currículo desta tecnologia. Noções básicas de psicologia, economia e mercado, endomarketing e sociologia serão dadas aos futuros tecnólogos. Mas as matérias mais específicas são as que mais ocupam as 1600 horas da graduação, como Fundamentos da Comunicação, Gerenciamento da Informação Empresarial, Imagem Organizacional, Redação Jornalística e Oficial.



•ECONOMIA AGROINDUSTRIAL: Você quer trabalhar com o mercado mais lucrativo do país?

O agronegócio hoje representa 30% do Produto Interno Bruto – PIB – do Brasil e vem se tornando um campo seguro para investimentos. Esta área tem contratado cada vez mais profissionais para preencher o mercado de trabalho. O economista agroindustrial é, antes de tudo, um economista e, por isso, deve estar apto a construir, ampliar e preservar o patrimônio de pessoas, empresas e governos.

O curso de economia agroindustrial nada mais é que um curso de ciências econômicas com ênfase em agrobusiness, o negócio mais lucrativo do Brasil. A graduação oferece uma formação em teoria econômica, métodos quantitativos e computacionais, princípios de desenvolvimento sustentável, planejamento estratégico e gestão de recursos naturais. Além destes, é possível desenvolver grandes competências em áreas fortes do mercado de trabalho como agronegócio, gestão dos recursos naturais e planejamento regional. No curso da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – Esalq – da USP o aluno deve montar seu currículo escolhendo 11 dentre 35 disciplinas. Isto ajuda o estudante a traçar seu caminho de acordo com o seu perfil, desde o começo da graduação.

O profissional pode atuar:

- No mercado agroindustrial;- Em empresas de estratégia e política internacional;- Em empresas de pesquisas;- Em bolsas de valores;- Em órgãos ambientais e- Organizações não-governamentais.

As principais matérias da graduação são economia, matemática, administração, empreendedorismo, história do pensamento econômico, estatística, econometria, contabilidade, sociologia, marketing rural e ecoturismo.



15:09

PROFISSÕES DO FUTURO II

•MANUTENÇÃO DE AERONAVES: Para atender à grande demanda das empresas aéreas.

O curso superior de Manutenção de Aeronaves tem caráter tecnológico, ou seja, forma o seu profissional em um tempo menor, ou seja, de 2 a 3 anos. O curso tem orientação mais técnica e é menor porque é um aprofundamento de uma disciplina da faculdade de Engenharia Aeronáutica e Ciências Aeronáuticas.

Sua importância no cenário nacional é formar profissionais capacitados para atender a crescente ampliação da frota de aviões e de companhias aéreas. O objetivo da faculdade é formar profissionais que desenvolvam habilidades para atuar na prevenção e correção de problemas de aeronaves, cuidando da manutenção, da aeronavegabilidade e da disponibilidade dos aviões brasileiros.

Depois de formado o técnico em manutenção de aeronaves poderá:

- Identificar e resolver problemas técnicos e operacionais;- Analisar sistemas, produtos e processos aeronáuticos;- Avaliar criticamente a operação e a manutenção em vários tipos de motores de aviação, sistema de hélices e rotores, grupos moto-propulsores, sistemas de pressurização, célula de aeronaves, dentre outros;- Avaliar o impacto das atividades aeronáuticas no contexto social e ambiental; - Avaliar a viabilidade econômica da implantação de novas técnicas de manutenção e de uso de novos equipamentos e- Trabalhar em aeroportos, empresas de manutenção aeronáutica ou companhias aéreas.

Na academia o aluno terá uma fundamentação teórica para planejar serviços, administrar e gerenciar recursos, promover mudanças tecnológicas e aprimorar condições de segurança, saúde e meio ambiente. As principais disciplinas são física, matemática, mecânica, eletrônica, aerodinâmica, química e empreendedorismo.



•ENGENHARIA DE AQUICULTURA: O curso que cuida da qualidade dos alimentos oriundos da água.

Assim como várias outras graduações, esta nasceu de uma disciplina oferecida em outro curso: o de Agronomia. O país tem uma costa extensa e, com ela, grandes oportunidades e potencial para cultivo de peixes. A intenção é que este profissional possa cuidar desde a produção, engorda, processamento até a distribuição do produto final para o consumidor. Esse produto pode advir de pisciculturas (peixes), raniculturas (rãs), ostreiculturas (ostras), mitiliculturas (mexilhão), carciniculturas (crustáceos, como caranguejos) ou de cultivo de peixes ornamentais.

A grande preocupação do curso é formar profissionais atuantes no meio ambiente e que forneçam projetos e novas técnicas de produção que explorem de forma sustentável os produtos aquáticos. Assim sendo, o engenheiro poderá projetar fazendas marinhas e desenvolver técnicas para o aumento da produção de organismos de água doce ou salgada com alta qualidade nutricional.

Ao se aprofundar nas áreas de cultivo, engenharia, economia e administração, o engenheiro estará apto a preencher vários postos de trabalho que surgem todos os dias – ou se tornar um empregador e trabalhar no seu próprio negócio. Um destes postos está na área de frigoríficos com foco em exportação que vêm contratando esse profissional para auxiliar os seus trabalhos, principalmente naquilo que se refira à qualidade de recepção e conservação dos produtos.

O egresso da faculdade pode:

- Elaborar, executar, supervisionar e avaliar planos, projetos, programas e ações aquícolas;- Identificar problemas e propor soluções viáveis;- Trabalhar em empresas privadas, do Estado ou não-governamentais;- Atuar na água, dentro dos barcos e- Atuar em terra, coordenando trabalhos.

As principais matérias do curso são cálculo, estatística, ecologia, zoologia, biologia aquática, bioquímica, meteorologia, hidrologia, fisiologia, administração, economia, direito e sociologia, além de passar quase metade do seu curso em aulas práticas como técnicas de navegação e cultivo de peixes, moluscos e crustáceos.

Este curso é disponível como graduação ou tecnológico e também pode ser conhecido como Engenharia de Pesca ou somente Aqüicultura.



•GESTÃO DE NÉGOCIOS EM SURF: Escritório na praia? É esse o ambiente do Tecnólogo em Gestão de Negócios em Surf.

A palavra surf é uma abreviação do verbete inglês “surface”, que quer dizer superfície. Desde que os primeiros surfistas, os habitantes da ilha de Uros, no Peru, que há 450 anos desafiavam o oceano Pacífico em balsas de palha (as primeiras pranchas), deslizando na superfície do mar, o esporte sofreu diversas adaptações, principalmente culturais.

De simples lazer passou a esporte, virou mania nos Estados Unidos da América nos anos 50 e ganhou adeptos em todo o mundo. Hoje, o mercado do surf, com seus campeonatos e produtos (pranchas, equipamentos e a própria imagem dos campeões) movimenta cerca de R$ 2,5 bilhões anualmente e cresce 10% ao ano desde 2000, só no Brasil.

Foi para movimentar tanta grana e diversificar os negócios deste esporte, que já está virando um empreendimento, que surgiu a procura por um profissional específico. Alguém que goste do esporte e ao mesmo tempo tenha noções de administração, economia, comunicação e marketing: este é o tecnólogo em Gestão de Negócios em Surf.

Diploma

O curso de Tecnologia em Gestão de Negócios em Surf atualmente é oferecido como graduação tecnológica de curta duração (apenas dois anos), pela Universidade Politécnica da Estácio de Sá (UNESA-RJ) e pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali – SC). Pra se ter uma idéia de quão novo é o curso, nas duas instituições as primeiras turmas tiveram início em 2007.

A 1ª referencia da Estácio foi um curso de bacharelado ministrado na Austrália chamado Surf Science and Technology (algo como “Ciência e Tecnologia do Surf”) na Edith Cowan University. O coordenador do curso na UNESA, o amante do surf André Alcântara Martins, 32 anos, conta que “Quando iniciei minha participação no projeto [de implantação do curso na Estácio], era essa nossa referência. Meu papel inicial foi ajudar a adaptá-lo à realidade nacional, especialmente à do Rio do Janeiro que é bem diferente da Austrália.”

André havia conhecido pessoalmente o curso na Austrália, que acontece em uma pequena cidade chamada Bunbury, ao sul de Peth, no oeste do país. Lá ele pôde ver com os próprios olhos como os gringos transformaram a paixão pelo surf em profissão, com diploma e tudo.

O curso

O coordenador indica o curso para “aqueles que gostariam de trabalhar em um mercado em expansão, que embora ainda lide com muito amadorismo, está se profissionalizando a cada dia”. Além disso, o curso é perfeito para quem quer viver profissionalmente do surfe e empreender seu próprio negócio na área. “É um curso muito interessante também, para quem já trabalha com surf, mas precisa se capacitar mais e melhorar seus rendimentos”, completa André.

Segundo André Martins, dentro da área de atuação do tecnólogo em Gestão de Negócios em Surf existem várias possibilidades, mas, as mais procuradas são: Fábricas de prancha, Organização de campeonatos e eventos e Gestão de lojas e marcas. Confira outras possibilidades de mercado deste profissional:

• Empresas de surfwear (roupas de surf)• Empresas de material esportivo• Academias e clubes• Assessoria de Imprensa de desportistas do surf• Mídias ligadas ao surf

Este tecnólogo também pode trabalhar como gestor de programas de esporte e lazer ou em empresas ou entidades de administração do esporte. Onde ele irá aplicar o que aprendeu em sala de aula depende do que mais gosta e de sua competência profissional.

Falando em sala de aula, o curso da Estácio envolve aulas práticas, teóricas e visitas técnicas. Ele é dividido em quatro módulos: Escolas e Serviços, Surfshop e Marcas, Produção de Pranchas e Equipamentos e Organização de Eventos. Ao final de cada módulo, o aluno ganha um certificado intermediário. Os quatro são: Gerente de Surfshop, Assistente de produção de pranchas, Gerente de Escolas e serviços em surf e Organizador de Eventos em Surf.

Veja algumas disciplinas que são destaques da grade curricular do curso de Tecnologia em Gestão de Negócios em Surf:• Empreendedorismo• Moda, arte e cultura no surf• Origens, história e evolução do surf• Turismo no surf• Marketing esportivo• Ecologia e educação ambiental• Produção de pranchas e equipamentos• Comunicação esportiva• História do surf no Brasil.



•PRODUÇÃO DE MÚSICA ELETRONICA: Já em pensou em fazer uma graduação para ser DJ profissional?

Totalmente absorvida pelos vários públicos e gostos, a música eletrônica é conhecida pela utilização de diversos equipamentos e instrumentos para sua modificação, o que a diferencia dos demais estilos. Apesar do seu aspecto contemporâneo, o estilo começou a ganhar os atuais moldes no início do século passado, com a popularização dos primeiros aparelhos de captação de som, como o fonógrafo.

Diante do grande aparato tecnológico disponível atualmente, os amantes da música eletrônica ganharam novos espaços de atuação e, com criatividade e talento, podem se dar bem na profissão de DJ. Uma graduação tecnológica, ainda recente no mercado, pode ser um diferencial a mais para quem vê no estilo uma profissão.

O curso de Produção de Música Eletrônica já existe em outros países, como na Espanha, onde é oferecido pela Universidade Laureate. A idéia de criar uma graduação específica para a área chegou ao Brasil quando a Universidade Anhembi Morumbi se filiou à rede internacional daquela instituição. O curso foi então implantado em 2006.

De acordo com o coordenador do curso, Leonardo Vergueiro, a universidade percebeu que existia um espaço para a criação da nova área de ensino, já que nosso país é amplamente rico em gêneros musicais. “Ser DJ e produtor de música eletrônica é o sonho de muitas pessoas e ainda não havia uma graduação que possibilitasse a formação completa desse tipo de profissionais”, ressalta o coordenador.

Por se tratar de um país apaixonado por música, o mercado de trabalho é amplo e em ascensão. Além da possibilidade de apresentar como DJ e produtor de música eletrônica para pista de dança em eventos, raves, casas noturnas, entre outros, o profissional pode abrir empresa própria e produzir arranjos, realizar gravações, mixagens e masterizações para músicos e cantores, sonorizar e criar trilhas para filmes, desfiles de moda, websites, etc.

E não é só isso. “O profissional pode trabalhar em emissoras de TV e rádio, produtoras de eventos, produtoras e estúdios de áudio que prestam serviços para os mercados publicitário e cinematográfico”, revela Leonardo. Outro meio que precisa de DJs e produtores são as empresas que fabricam softwares e equipamentos para esses profissionais.

Curso

Com duração de dois anos, o curso prepara o futuro DJ para lidar com as diversas possibilidades de mercado por meio de disciplinas teóricas e práticas. História da Música Eletrônica, Percepção Musical, Linguagem da Música Eletrônica e Teoria de Áudio e Acústica são alguns focos que levam o aluno a trilhar seu caminho na área.

Nos últimos dois períodos de graduação o estudante terá contato maior com a prática, pois estudará Técnicas de Sonorização de Imagens, Masterização e Remixagem. Todas essas matérias são aplicadas por professores que atuam profissionalmente como DJs, produtores de música eletrônica, produtores musicais, historiadores e pesquisadores, músicos compositores.



•COMUNICAÇÃO DAS ARTES NO CORPO: Um curso sem precedentes no Brasil e no mundo.

Este curso não tem precedentes no Brasil, nem no exterior. É extremamente novo e voltado para aqueles que entendem o corpo como primeiro meio de comunicação humana, antes mesmo dos desenhos e da fala. A arte produzida pelo corpo é vista como um dos passos do homem no seu processo evolutivo.

Ao entender o corpo como parte da linguagem artística é possível pesquisar as criações de dança, teatro e performance como processos de comunicação. A profissão ainda não está no mercado, mas é possível prever o seu sucesso, haja vista sua preocupação em inovar pesquisas em saberes que, até então, estavam isolados, como comunicação e artes. Este profissional será capaz de desenvolver novas técnicas em comunicação corporal, procedimentos cênicos, além de utilizar a tecnologia como aliada no desenvolvimento de inovações no mercado publicitário e de mídias.

Ao terminar a graduação o profissional poderá atuar como:

- Divulgador do corpo como mídia nos seus processos de comunicação com o ambiente;- Criador-intérprete;- Dramaturgista;- Preparador corporal;- Curador;- Produtor e- Programador cultural.

O currículo dos 4 anos de formação conta com disciplinas como artes do corpo, improvisação, dramaturgia, mercado cultural, corpo na ciência, anatomia, visagismo, técnica vocal e estudos da produção contemporânea. Desde o primeiro ano do curso o aluno pode montar a sua grade de estudos de forma a se especializar na área em que tiver maior interesse, seja ela a dança, o teatro ou a performance.



ENGENHARIA INDUSTRIAL DE MADEIRA: O uso inteligente de recursos naturais.

Não, este curso não forma marceneiros, e sim um profissional que está sendo cada vez mais requisitado no mercado. A idéia do tema da carreira surgiu a partir de uma disciplina ministrada em Engenharia Florestal, que com uma demanda crescente de maior especialização no assunto foi possível criar uma faculdade independente.

O Brasil tem uma das maiores reservas de madeira do mundo e saber como aliar o desenvolvimento social e econômico respeitando o equilíbrio com o meio ambiente já é motivo suficiente para convencer da importância dessa formação acadêmica. O setor madeireiro e sua cadeia produtiva crescem em níveis nunca antes vistos nas regiões sul, centro-oeste e norte, empregando 9% da população economicamente ativa.

O engenheiro industrial madeireiro trabalha dentro da indústria, de forma a otimizar o processamento da matéria-prima, preocupando-se em aplicar inovações tecnológicas conscientes de modo a não extinguir os recursos naturais. Para isso, o curso se propõe a formar um profissional com domínio na utilização de tecnologia de processamento de produtos florestais.

A faculdade tem duração de 5 anos e sua primeira turma formou-se em 1999 e, segundos dados das universidades, ninguém está fora do mercado. Mais uma prova de que o investimento nessa carreira é promissor e fará a diferença nessa nova etapa mundial de preocupação com o futuro ecológico do planeta.

O profissional formado poderá:

- Atuar em segmentos industriais privados, em nível técnico de responsabilidade;- Administrar finanças e automação de processos;- Utilizar técnicas de processamento mecânico de madeira;- Criar gestão para produção de celulose e papel, indústria de móveis, energia de biomassa, indústria química de tratamento da madeira e- Atuar no setor público, em institutos de pesquisa e universidades.

As principais matérias vistas ao longo do curso são física, química, mecânica, estatística, anatomia da madeira, termodinâmica, eletrotécnica e energia de biomassa.



COMUNICAÇÃO EM COMPUTAÇÃO GRÁFICA: Uma nova perspectiva de ensino da mídia eletrônica.

Para os amantes da comunicação digital, um novo elo de aprendizagem. Com a crescente importância das mídias digitais para os meios de comunicação e para as agências, um novo campo de trabalho surgiu para satisfazer este mercado ansioso por profissionais capacitados para o ramo: o curso tecnológico em Computação Gráfica.

O campo de atuação de um tecnólogo formado nesta área está em ascensão, devido, principalmente, à necessidade das diversas áreas de comunicação de se enquadrar ao atual crescimento da mídia digital. Desde agências de Publicidade e Propaganda a produtoras de cinema e áudio precisam de profissionais qualificados que possam trazer mudanças e inovações.

O curso especializa o profissional para desenvolver atividades ligadas à comunicação de cunho digital, abrangendo disciplinas como desenho técnico, processos e métodos. Também conhecida como Comunicação e ilustração digital, a graduação une ensinamentos técnicos com a prática, demonstrando como a área evolui no âmbito mercadológico. Para isso, o estudante terá o contato com diversas atividades como:

• Desenvolvimento de composições utilizando ferramentas gráficas no computador; • desenvolvimento da capacidade criadora a partir de exercícios de equilíbrio, contrastes, tipografia e cores; • edição e manipulação de imagens (tratamento, recorte, manipulação e fusão de imagens); • produção de filmes voltados à CG (composição e 3D), de interfaces e objetos para multimídia, filmes digitais para televisão e vídeo e efeitos especiais para cinema e televisão; • desenvolver animações 3D e modelagem de objetos.

Com duração média de dois anos, a graduação prepara o profissional por meio de diversas disciplinas práticas e teóricas como: Historia da Arte, Metodologia Científica, Computação Gráfica 3D e Animação e Oficina de Roteiro Audiovisual.

12:51

COMO FAZER UMA BOA REVISÃO

Para você fazer uma boa revisão visando o vestibular é necessário estudar bastante no segundo semestre, conhecer os tópicos mais importantes de cada disciplina e, principalmente, chegar descansado na "reta final".
De nada adianta muita informação acumulada e a mente confusa.
Inicialmente você deve planejar o tempo que falta, estudando sempre, mas sem deixar de lado a leitura, o lazer e o repouso.
No colégio, no cursinho ou em ambos, assista todas as aulas com atenção. Uma boa maneira, e responsável, de facilitar a revisão.
Caso você não seja aluno de um cursinho e fizer sozinho a revisão, procure resolver muitos exercícios dos assuntos mais "chatos" para você e reveja, pausadamente, tudo aquilo que exige memorização.
A experiência mostra que não existe uma "fórmula" mágica ou uma lista de dicas, muito menos alguém que adivinhe aquilo que vai cair.
Quanto maior a regularidade do seu estudo a partir de agora, mais tranqüila será a revisão e, tenha certeza, menor será sua ansiedade.
Para estudar com alguém ou com um grupo, aceite apenas companhias positivas e não concorrentes que "torcem" contra. Para os dias de exame lembre que vestibular bem feito não tem pegadinhas. Numa prova de questões dê respostas claras, objetivas e não romanceadas. Acima de tudo acredite no sucesso e procure manter a calma. Sua vida está apenas começando.
Já que os vestibulares estão ajustando foco para o raciocínio (estão?) e se afastando a "decoreba", mantenha-se atualizado em todas as disciplinas. As novidades científicas, políticas, tecnológicas etc. sempre são objeto de questões feitas nos vestibulares.

Prof. Antônio Carlos Pezzi - professor de Biologia do cursinho Universitário.

17:33

O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER???


Como escolher o curso superior ideal


Por Aline Gonçalves, da Tempestade Comunicação


A intensa proliferação de cursos de ensino superior e profissionalizantes, sustentada pelos incentivos que têm levado cada vez mais jovens à busca de um diploma para o mercado de trabalho, não tem facilitado a escolha tanto da carreira ideal quanto do curso adequado.
O número de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos matriculados em cursos superiores dobrou nos últimos dez anos. Segundo recentes dados da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano passado, 13,9% da população nessa faixa etária estava matriculada em uma faculdade, contra 6,9% em 1998. Boa parte dessas matrículas ocorre em virtude de projetos que facilitam o acesso à faculdade, como o ProUni (Programa Universidade para Todos), do governo federal, e sistemas de financiamento, como o Fies, também gerido pelo poder público.
Em consequência da facilidade de acesso dos jovens ao ensino superior, aumentou também a diversidade de cursos ofertados. Como escolher qual vestibular prestar entre mais de 200 opções? Segundo a consultora Ana Paula Döring, da Ana Paula Döring Desenvolvimento Profissional, essa avalanche de alternativas pode dar um verdadeiro nó na cabeça dos jovens, que não sabem por onde começar a escolha, gerando angústia, medo e ansiedade.
"Além de buscar informações sobre o que cursar, é preciso diálogo franco e aberto sobre seus sonhos e a realidade do mercado com pessoas de confiança, como família, professores, amigos e bons profissionais de apoio", indica Ana Paula.
Ruth Bandeira, diretora da De Bernt Entschev, empresa de consultoria em recursos humanos de Curitiba, acredita que muitas pessoas, de todas as idades, têm dificuldade em identificar qual carreira seguir. "O mais importante é escolher uma profissão com se tenha afinidade", diz.
Além da variedade de carreiras, há a dificuldade de se escolher o formato da faculdade. Entre as graduações, existem licenciaturas, bacharelados e ainda os cursos de tecnologia, mais focados, detalhistas e que visam o mercado em curto prazo. "Os bacharelados desenvolvem uma visão mais ampla e preparam para a gestão", explica Ruth. A consultora da De Bernt alerta que as oportunidades para os tecnólogos ainda são restritas, mas estão em crescimento. No caso de áreas voltadas à tecnologia da informação, os profissionais já são muito bem aceitos pelo mercado.
Outra diferença é que nos cursos de tecnologia há mais aulas práticas, enquanto no formato tradicional de graduação a carga teórica é maior, especialmente nas áreas de ciências humanas.


Modismos profissionais


A percepção do mercado de trabalho também pode influenciar na escolha da carreira e da trajetória profissional. Os cursos da moda, normalmente relacionados às tendências imediatas de mercado, conquistam muitos dos indecisos. A gerente de atendimento da Catho, empresa de recolocação profissional, Camila Mariano, afirma que o interesse pela área de atuação deve ser analisado com carinho, mas ressalta ela a necessidade de o candidato estar atento à realidade das vagas de empregos.
As áreas de tecnologia da informação e comunicação, agronegócio, educação, administração e entretenimento são algumas das apontadas como mais promissoras hoje em dia. Mas fique de olho também nas profissões que dão acesso aos chamados empregos verdes, aqueles relacionados às novas tecnologias ambientais, à educação para preservação da natureza e ao consumo consciente, enfim, trabalhos ligados à sustentabilidade.
"Também não podemos deixar de destacar a possível ampliação na área de engenharia de petróleo, onde há poucos profissionais especializados e um aumento de oportunidades em vista com [a descoberta das reservas óleo na camada] pré-sal", afirma.
Na opinião de Camila, o setor de educação está entre os que mais geram postos de trabalho, tendo como indicador especial o aumento de oportunidades para professores universitários - é uma via de mão dupla, pois, se a cada dia cresce o número de instituições de ensino superior, por consequência sobe o número de vagas no setor.
Ela ainda aponta o aumento de oportunidades para os formados nos cursos de tecnologia em gestão de pessoas e gestão ambiental. Porém, faz um alerta àqueles que optam por outras novidades, como design de games. "O mercado é restrito e o estudante deve procurar estágios para ganhar experiência o quanto antes."



Graduação em dose dupla


Até para quem já tem diploma, a escolha de um segundo curso pode ser difícil. As pessoas que pretendem mudar de carreira ou ampliar o leque de oportunidades devem procurar aproveitar o conhecimento e as experiências anteriores na nova carreira. É o que faz a jornalista Beatrice Gonçalves, que buscou uma nova graduação em ciências sociais na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
"Procurei a segunda faculdade porque sempre gostei de política e vi que o curso de Ciências Sociais poderia me dar os embasamentos teóricos necessários para trabalhar com política no jornalismo", explica Beatrice. Mas ela ressalta a dificuldade em conciliar os estudos com a rotina de trabalho. "Não consigo fazer muitas disciplinas por semestre e acabo sempre atrasando a minha formatura."
Amanda Tortelli Bavaresco, estudante de 20 anos, é outra que aposta na dupla graduação. Ela termina este ano o curso de Tecnologia em Comunicação Institucional pela UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e, ao mesmo tempo, se prepara para prestar um novo vestibular em Direito. A intenção é agregar conhecimentos e ampliar oportunidades. "Ter duas graduações valoriza o currículo e abre portas em mais frentes de atuação", acredita.
Vale usar todas as ferramentas disponíveis para acertar na escolha, sem esquecer que cada profissional empreende a própria carreira no decorrer da vida. Seguindo as novas tendências em gestão e desenvolvimento de pessoas, muitas empresas dão às habilidades pessoais o mesmo peso da formação intelectual. Assim, a escolha da área de graduação não é mais, necessariamente, uma decisão estática para toda a vida, o que pode ajudar a encarar a decisão com mais naturalidade e espontaneidade.



Qualidade de ensino


Depois de decidida a carreira, é necessário escolher onde prestar o vestibular. Uma forma de se orientar é consultar as avaliações do MEC (Ministério da Educação), como o IGC (Índice Geral de Cursos da Instituição), que analisa a qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação.
As instituições são classificadas em faixas que vão de um a cinco. Em 2008, foram avaliadas aproximadamente 2 mil instituições de ensino superior e somente 21 conquistaram a nota máxima. Entre elas estão a Ebape (Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas), do Rio de Janeiro, o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), de São José dos Campos, a Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), a Ebef (Escola Brasileira de Economia e Finanças), do Rio de Janeiro, e a FGV (Escola de Administração de Empresas), de São Paulo. Para consultar a lista completa acesse: http://www.inep.gov.br/areaigc.

08:21

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO BRASILEIRO

As novas regras ortográficas estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009. De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. O objetivo da Reforma Ortográfica é acabar com as diferenças entre a grafia do Brasil e a dos demais países em que a língua portuguesa é o idioma oficial.

Atualmente, o Portugês é falado por cerca de 230 milhões de pessoas no mundo, em oito países diferentes, entre eles Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

VEJA A SEGUIR AS NOVAS REGRAS:

Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram introduzidas as letras k, w,y. O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

As letras k (cá), w (dáblio), y (ípsilon), que, na verdade, não tinham desaparecido dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações, como, por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt).
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.


Trema
Caiu o trema, sinal (¨) colocado sobre a letra U para indicar que ela era pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Agora devemos escrever: tranquilo, sequência, sequestro, quinquênio, eloquente, equestre, cinquenta, linguiça, ensanguentado, arguir, delinquente, frequente, bilíngue etc.

Obs.: Permanece apenas nas palavras estrangeiras que já tinham o trema e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.


Mudanças nas regras de acentuação

1. Cai o acento dos ditongos abertos éi, ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Agora devemos escrever: plateia, ideia, assembleia, jiboia, (eu) estreio, (ele) estreia, joia, celuloide, paranoico, heroico etc.
Obs.: As palavras oxítonas (que têm acento tônico na última sílaba), terminadas em éis, éu, éus, ói, óis, e as palavras monossílabas tônicas que contêm esses ditongos abertos continuam a ser acentuadas. Exemplos: papéis, chapéu, chapéus, herói, heróis, céu, céus.

2. Nas palavras paroxítonas, cai o acento no I e U tônicos quando vierem depois de um ditongo. Agora devemos escrever: feiura, baiuca etc.
Obs.: Se a palavra for oxítona e o I ou o U estiverem em posição final (ou seguidos de S), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí, Jundiaí.

3. Cai o acento das palavras terminadas em eem, oo, oos. Agora devemos escrever: veem, leem, deem, creem, abençoo, voo, voos, enjoo etc.

4. Cai o acento agudo no U tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o verbo redarguir.

5. Cai o acento que diferenciava os pares de palavras: pára - para / pólo(s) - polo(s) / péla(s) - pela(s) / pêra - pera / pêlo(s) - pelo(s). Agora, em qualquer situação, escreve-se: para, polo (s), pela (s) , pera, pelo (s).

Observações:
(1) Permanece o acento diferencial em pôde / pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder. Pode é a forma do presente.

(2) Permanece o acento diferencial em pôr / por. Pôr é verbo. Por é preposição.

(3) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc.). Exemplos: ele tem - eles têm / ele vem - eles vêm / ele mantém - eles mantêm / ele convém - eles convêm / ele detém - eles detêm / ele intervém - eles intervêm.

(4) É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma / fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja:
Pegue a forma do bolo. / Pegue a fôrma do bolo.


Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo geral atualizado das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, incluindo as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, tais como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice, etc.
- Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de H: anti-higiênico, super-homem, sobre-humano etc.
- Outros casos:
I - Prefixo terminado em vogal:
1. Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo, autoestrada etc.
2. Sem hífen diante de consoante diferente de R/S:
anteprojeto, semicírculo, antipoluição, antipedagógico etc.
3. Sem hífen diante de R/S. Dobram-se essas letras:
antirracismo, antissocial, semirreta, ultrassom, minissaia etc.
4. Com hífen diante da mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas etc.


II - Prefixo terminado em consoante:
1. Com hífen diante da mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário etc.
2. Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico etc.
3. Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante etc.


Observações

1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por R: sub-região, sub-raça etc.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por M, N e Vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por O: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Ex.: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu etc.


Atenção:
(1)
Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani, como açu, guaçu e mirim: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim etc.
(2) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
(3) Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta- O diretor foi receber os ex-
-se que ele foi viajar. -alunos.