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QUEM INVENTOU O VESTIBULAR?

Conheça a história do exame que gera inflamados protestos dos alunos

Matar, torturar, socar. Essas são algumas das ações que os vestibulandos se prontificaram a fazer com o ministro da Justiça e Negócios Interiores, de 1910 a 1913, Rivadávia da Cunha Corrêa.
E o que esse senhor fez para merecer tamanha violência? Nada. Só foi ele quem instituiu o uso de concurso vestibular em todo o país para o ingresso no ensino superior.
A decisão foi tomada em 1911, diante da crescente demanda e o praticamente estável número de vagas no ensino superior.
Até então só cursava o terceiro grau quem tivesse estudado no colégio D. Pedro 2º, do Rio de Janeiro, ou em colégios certificados por inspetores federais como do mesmo nível.
No princípio, os exames eram escritos e orais sobre línguas e ciências. Cada escola fazia a sua própria prova. Não havia um exame unificado por instituição.


Incompatível

Mudanças mais significativas foram acontecer somente na década de 70. Antes disso, de acordo com o vice-diretor da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), José Atílio Vanin, os exames cobravam conhecimentos compatíveis apenas com o primeiro ano da faculdade.
"A prova abordava questões de matemática, física, química, redação e uma língua estrangeira. A extensão de conhecimento era menor, mas era mais aprofundado que hoje", compara.
Vanin afirma que, em razão disso, era quase impossível ser aprovado no vestibular ao sair do ensino médio, o que proliferou a criação dos cursinhos.
Nos anos 60 surgiram os primeiros vestibulares unificados, como o Cecem, que reunia faculdades de medicina e posteriormente de biológicas e saúde, e o Cecea, com escolas de administração, direito e humanas em geral.
Outra dificuldade (para que ninguém diga que hoje é muito pior, se bem que mais estressante) era que as instituições federais realizavam os exames na mesma data, o que impedia as migrações interestaduais.
Com a criação da Comissão Nacional do Vestibular Unificado, na década de 70, para regulamentar a seleção, isso acabou.
O conteúdo dos exames teve de se restringir às disciplinas do ensino médio, o que, teoricamente, terminaria com a necessidade dos cursinhos. Resolução que, hoje se sabe, não funcionou.
A Fuvest só foi surgir em 1976, selecionando no mesmo exame candidatos à USP (Universidade de São Paulo), à Unesp (Universidade Estadual Paulista) e à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O primeiro divórcio foi da Unesp, em 83. A Unicamp saiu em 85.


Mas por quê?

Os vestibulandos de hoje, que enfrentam maratonas de provas e uma competição que às vezes supera os cem candidatos por vaga, até entendem a necessidade de algum tipo de processo, mas não se conformam com o vestibular.
"Tudo bem, era necessário fazer alguma coisa, mas podia ser um processo mais ameno", reclama Charlene Bertão Costa, 18, que vai prestar medicina.
"Se eu encontrasse esse cara (o ministro), matava, faria dele o alvo de toda a minha raiva", brinca. Mais calma, ela questiona: "Eu só queria saber por que ele resolveu fazer isso".
Menos revoltado, o candidato a administração Caio Napoli Galvão, 17, diz que não acha o sistema ruim, mas faz críticas. "Com o vestibular você acaba decidindo o seu futuro em dois ou três dias."
A também candidata a uma vaga em medicina Alice Bei, 17, avisa que se conhecesse Corrêa, faria ele provar do próprio veneno. "Convidaria ele para prestar um vestibular bem difícil para ele ver se é bom."
Em 1996, a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabeleceu que as instituições de ensino superior são livres para decidir o processo de seleção que querem usar. Mesmo assim, aos 88 anos, o vestibular continua firme e forte.

Fonte:
http://www.profcupido.hpg.ig.com.br/quem_inventou_o_vestibular.htm


12:19

PEROLAS DO VESTIBULAR


Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. (Será que foi morto por tentar vende-lo)

O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro. (Ah! por isso surgiu o iluminismo e depois ninguém mais teve idéias?)

O vento é uma imensa quantidade de ar. (Aff, eu pensava que era um sopro das arvores.)

O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas. (Deve ser algum grupo afiliado ao MST. )

Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.(É verdade por que depois que morre é que se vive melhor. Eita Celebro!!!)

Péricles foi o principal ditador da democracia grega. (Por isso é que existe a democracia para ser governada por um ditador… Vixe essa foi F…)

O problema fundamental do terceiro mundo é super abundância de necessidades. (O animal que escreveu isso deve ter raciocinado com a própria abundância e não com o cérebro.)

O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d’água.(Correto, nessa epoca não conhecida existia homen bomba que explodia a bomba e não morria)

A principal função da raiz é se enterrar. (Como!)

A Igreja, ultimamente, vem perdendo muita clientela. (Pra quem??? E de quem é a culpa???.)

O sol nos dá luz, calor e turistas. (E onde não tem sol não tem turistas…).

As aves têm na boca um dente chamado bico. (O tal dente é o de cima ou debaixo.)

A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar em um metro da unidade de tempo, no sentido contrário. (Misericórdia Senhor.)

Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso. (Entendeu né? Todo discurso de político é uma Lenda.)

A harpa é uma asa que toca. (E o que é um Trombone de Vara…)

A febre amarela foi trazida da China por Marco Pólo. (Se Marco Pólo tivesse viajado aos EUA traria a Febre Vermelha, dos índios… )

Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes. (Deve ter se auto-observado para chegar a tal conclusão)

O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia. (Ai que susto! Pensei que ele também parava.)

Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado. (Será que alguém da familia dele, teve esse destino?)

A insônia consiste em dormir ao contrário. (Esplêndido. Morre é viver ao contrário, não é?)

A arquitetura gótica se notabilizou por fazer edifícios verticais. (Puta merda… Esse trabalha na firma do pai que faz edifícios horizontais)

A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país. (Mentira, porque ninguém me disse isso antes…)

O Chile é um país muito alto e magro. (Já a China é um país baixo, gordo e dos olhos puxados!)

As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia. (Por isso estão vivas até hoje, não?.)

O batismo é uma espécie de detergente do pecado original. (A Confissão seria o sabonete, a moringa com a Água Benta o chuveiro…)

Na Grécia, a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo se envenenavam. (Pensando bem, não é má idéia. O difícil é convencer as pessoas).

A prosopopéia é o começo de uma epopéia. (E uma Centopéia deve ser 100 Epopéias.)

Os crustáceos fora d’água respiram como podem. (Inteligente).

As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite. (Era melhor não ter escrito nada! )

Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo. (Já os Xifópagos são indivíduos bi-sexuais…)

As glândulas salivares só trabalham quando agente tem vontade de cuspir. (Esse daria um bom médico… se nascesse uma 10vs e mudasse de celebro)

A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos. (Encontrada a cura da cegueira…)

Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia. (Como é que é?!?!?!)

O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fábricas desconhecidas. (O Tráfico de Drogas e o crime organizado também são S.A’s.)

A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva. (O Plano de Saúde só serve para quando você está doente, não é?)

O Ateísmo é uma religião anônima. (Da choice animal, é a S.A. de Deus…. )

A respiração anaeróbia é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos. (O medo do professor é descobrir que um quadrúpe desses foi seu meu aluno…)

O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo. (Mede aê e depois quanto tem…)

Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto. (Isso é verdade….)

Caractere sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações sexuais. (Agora, imagine a aparência de uma prostituta depois de 15a 20 anos de “Modificações Morfológicas”.)


Fonte:
http://www.mundoesquisito.com/perolas-do-vestibular
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12:05

CURIOSIDADES DO VESTIBULAR

Noites maldormidas, pilhas de livro, muita pressão. A angústia pré-vestibular não atinge apenas os vestibulandos. Quem elabora e corrige as provas passa por situações semelhantes.

"Não há remuneração que pague a pressão que recebemos e o serviço que fazemos. Não há nada pior do que uma questão sua ser anulada", diz Aécio Pereira Chagas, 65, professor aposentado do Instituto de Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Na universidade desde 1969, o professor já perdeu as contas de quantos vestibulares organizou, quantos dias levou para formular uma questão, quantas provas já corrigiu.

Se uma questão malfeita atrapalha o aluno, uma resposta ruim acaba com o dia do corretor. Chagas conta que, faz alguns anos, uma questão pedia ao aluno que distinguisse uma porção de sal de uma de açúcar, mas sem provar nenhuma delas. "O aluno respondeu que era só dissolver cada produto em água, pegar uma seringa, chamar um diabético e injetar a solução em sua veia. Se a pessoa morresse, era açúcar", conta o professor, sem esconder a revolta.

O físico Leandro Tessler, coordenador do vestibular da Unicamp, também diz como é deprimente perceber que muitos alunos não têm noção da realidade. "Certa vez, pedimos a estimativa do peso de uma vaca. Alguns colocaram que uma vaca pesava dois quilos", lamenta. "É por essa razão que o nosso vestibular pede que o aluno tenha senso crítico."

Porém, as experiências desagradáveis podem ser bastante úteis. E, na maior parte das vezes, o são. Afinal, passa pelas mãos dos corretores um mapa amplo e bastante detalhado do patamar em que se encontra o aprendizado de uma determinada disciplina. Essas informações geram idéias de como aperfeiçoar o ensino da matéria e podem virar teses de mestrado ou doutorado na área de educação.

Como não têm contato com o resultado do trabalho, as recompensas para os elaboradores são outras. A primeira é cívica. Roberto Costa, um dos coordenadores da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), instituição que organiza as provas para os mais de 150 mil alunos que tentam uma das 10 mil vagas na USP (Universidade de São Paulo), afirma: "Nosso papel é criar e manter a fórmula que traz os melhores alunos para a universidade".

A segunda recompensa é determinar como uma disciplina será ministrada em sala de aula, tamanha é a influência dos vestibulares sobre o ensino médio. "Muitos elaboradores têm esse sonho", afirma o físico Fernando Dagnoni Prado, coordenador do vestibular da Unesp (Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho). Porém, os sonhos não bastam. É preciso saber de onde vêm os alunos. "Os professores universitários são muito desligados da realidade do ensino médio", afirma Luiz Langlois, coordenador acadêmico do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Em troca desses benefícios, a pessoa que se dispõe ou é escolhida para corrigir ou elaborar as provas deve aceitar um conjunto de regras. Entre elas, jurar sigilo sobre suas atividades e manter sua ligação com a organização em segredo. Tanto na elaboração quanto na correção, os professores se comprometem a não revelar nem uma palavra do que foi discutido e decidido. "As pessoas assinam um contrato e a sua identidade só é conhecida pelas pessoas que organizam o vestibular", afirma Leandro Tessler, coordenador da Unicamp.

Para garantir que essas regras não sejam quebradas, a seleção é feita pelos coordenadores dos vestibulares ou por pessoas de sua confiança com base em critérios que levam em conta a experiência do professor em outros vestibulares e quem o indicou. Os coordenadores dos vestibulares também passam por esse crivo. Eles são escolhidos pelos reitores, geralmente, depois de anos de experiência como corretores, elaboradores e coordenadores de provas.

Para arcar com essa responsabilidade, um corretor de provas recebe entre R$ 1.000 e R$ 1.500. Os elaboradores ganham entre R$ 1.500 e R$ 2.000. Esses são os valores pagos em São Paulo. No Rio de Janeiro, eles sobem: um corretor ganha R$ 2.500 e um elaborador, R$ 3.000. Nos dois Estados, o valor é sobre um conjunto de serviços.

O professor que cria as questões se dedica a essa tarefa, em média, durante sete meses. Os grandes vestibulares trabalham com, aproximadamente, 45 professores. Já um corretor faz um trabalho de 8 horas diárias, geralmente por um período de 15 dias. Os vestibulares recrutam um contingente que varia de 400 a 500 professores.

Outra característica dessa confraria são as particularidades de seus membros. David Felipe Hasting, 61, coordenador do vestibular da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo, passou quase toda a carreira na iniciativa privada. Formado em administração de empresas, Hasting virou professor há dez anos.

"Quem corrige provas poderia ser analista financeiro de uma grande empresa, já que a função exige paciência e método apurado", afirma. "Quem elabora uma prova poderia ser publicitário. É uma pessoa muito criativa e se expressa bem."
Mas, apesar da importância das pessoas, os vestibulares foram criados para funcionar independentemente delas. "A Fuvest foi pensada por cientistas da computação como um sistema fechado imune a fraudes", afirma Roberto Costa, um de seus criadores.

Cada página do caderno de questões dissertativas do vestibular da USP é corrigida por um professor diferente. Para manter o padrão, os computadores avaliam quão rigoroso é o corretor. O objetivo é evitar que a avaliação seja muito rigorosa com alguns alunos e muito branda com outros.

Durante o processo de correção, os professores são confinados em um andar do prédio da Fuvest. Os acessos a esse andar são bloqueados por dois portões de metal. O clima tenso da correção só é quebrado pelo brilhantismo de alguns alunos. "Muitas vezes, a gente passa horas namorando uma boa redação", afirma o professor Costa.

A professora Maria Alzira Colombo, 62, corrigiu provas de história da Fuvest durante dez anos. Ela conta que, quando um aluno vai muito bem, os professores gritam uns para os outros: "Olha! Aqui tem um gênio!".

(Folha de S. Paulo)